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Foto do escritorLuiza Xavier

Exposição 'Luzes da Coreia' está em cartaz na Casa G20, no Rio

A exposição “Luzes da Coreia” está em cartaz na Casa G20, na Zona Sul do Rio, até o próximo dia 20 de setembro, em uma edição especial com acesso gratuito. O equipamento funciona no prédio da Casa de Cultura Laura Alvim, localizado na Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema, da Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj). O horário de funcionamento é das 13h às 19h, de terça a domingo.


A mostra da Coreia do Sul é realizada no Brasil em parceria com o Centro Cultural Coreano no Brasil e com curadoria da jornalista Ana Cláudia Guimarães, e chega à Embaixada Cultural G20 após uma temporada de sucesso no Museu de Arte Contemporânea de Niterói.

“Luzes da Coreia” convida o público para um mergulho em uma das mais populares tradições culturais coreanas a partir da experiência imersiva com instalações em site especifico. As milenares lanternas coloridas de seda dialogam com elementos cenográficos contemporâneos, transportando os visitantes à famosa cidade de Jinju que, desde os anos 1600, sedia um dos mais tradicionais festivais culturais do país. Cheul Hong Kim, diretor do Centro Cultural Coreano, celebra a realização desta edição especial da exposição em Ipanema.


– Estou muito feliz em ter a oportunidade de apresentar a beleza das lanternas de seda de Jinju na Casa G20, que é um espaço de intercâmbio cultural internacional desenvolvido em prol do G20, que será realizado em novembro no Rio de Janeiro. Espero que esse espaço promova uma rica comunicação entre os países através da cultura – enfatizou.


Lanternas coloridas na entrada da exposição Luzes da Coreia.

A galeria da Casa G20 foi ocupada por 700 lanternas de seda originais da cidade de Jinju. No final dos túneis, o público encontra uma enorme lua em 3D, além de instalações, fotos e vídeos da cidade e do Festival Jinju Namgang Yudeung, mostrando a unidade entre a tradição e a contemporaneidade. Além das lanternas, estão expostos os hanboks - trajes típicos coreanos feitos de seda, utilizados por mulheres em casamentos e celebrações específicas.


A tradição das lanternas de seda começou no século XVI, quando passaram a ser usadas como meio de tática militar e meio de comunicação. A origem remonta à 1ª Batalha da Fortaleza de Jinjuseong, durante a Guerra Imjin, entre 3.800 soldados do Exército Suseong (Coreia), que protegiam o castelo, e 20.000 soldados japoneses. Os soldados coreanos usaram a lanterna no Rio Namgang em uma noite escura para avistar os japoneses, impedindo-os de cruzar o rio. Além de tática militar, as lanternas também foram usadas para enviar recados aos familiares fora da fortaleza. Mais tarde, a população da cidade de Jinju começou a lançar lanternas no Rio Namgang para homenagear as almas dos soldados que se sacrificaram, como símbolo de resistência.


Casa G20, a Embaixada Cultural


A secretária de Cultura e Economia Criativa do Estado, Danielle Barros destacou que essa é a primeira vez que uma estrutura oficial é desenvolvida com foco específico em Diplomacia Cultural na história dos encontros do G20.


– Essa é uma iniciativa que amplia os horizontes e as perspectivas do nosso projeto de internacionalização das artes fluminenses – afirmou.


Paulo Feitosa, diretor geral do Projeto Embaixada Cultural pontua que, até novembro, a Casa G20 vai receber mais de 50 programações em artes cênicas, literatura, cinema, gastronomia, música, artes visuais entre outras linguagens em articulação com embaixadas e consulados.


O G20 é o fórum de cooperação econômica das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e, desde 2023, a União Africana. Com presidência anual rotativa, o G20 é realizado em ciclos de um ano, com diversos encontros ministeriais e técnicos que culminam na cúpula de chefes de Estado e de governo. No Brasil, a cúpula do G20 será realizada no Rio de Janeiro nos próximos dias 18 e 19 de novembro.


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