Um Grande Encontro - O Musical chega no dia 21 de junho aos palcos do Marte Hall trazendo uma narrativa inédita para apresentar uma história ficcional inspirada por canções atemporais e sucessos da MPB. A montagem segue em cartaz até dia 1º de setembro em São Paulo.
Idealizado pelo trio de produtores criativos Rose Dalney, Marcio Sam e Túlio Rivadávia – responsáveis por O Musical Mamonas e Em Busca do Balão Mágico –, o espetáculo tem direção artística de Jarbas Homem de Mello e Túlio Rivadávia, que também assina a dramaturgia.
Fotos de Caio Galucci
No palco, três músicos e dezessete atores, formam um bloco carnavalesco que, tal qual um coro no teatro grego, conta a história de amor, sonhos e desafios do músico Tom e de Diana, ameaçados pelas mentiras e armadilhas criadas por Tião, obcecado pela moça. Tudo isso embalado pelas canções do icônico repertório da trilogia de álbuns O Grande Encontro, que reuniu Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Elba Ramalho e Zé Ramalho. O Grande Encontro foi um bem-sucedido projeto colaborativo, cujo primeiro volume foi lançado em 1996, com Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho. O repertório trazia, entre outras, Coração Bobo, Sabiá, Talismã e O Ciúme. O volume 2 saiu em 1997.
Ambientada no início dos anos 70, Um Grande Encontro celebra o amor, fruto dos encontros, por meio da trajetória do romance que entrelaça a vida de Tom Silva, jovem músico sonhador, e Diana Abrantes, a Margarida, uma mulher de espírito livre mas que precisa enfrentar as barreiras criadas pela obsessão de Tião Cavalcanti. Tom cresceu pelas ladeiras de Olinda; filho de músico, herdou o talento do recém-falecido pai. Para amenizar a tristeza de sua perda, Tom é levado por seu melhor amigo, Lito, para a badalada praia de Boa Viagem, onde acontece o primeiro e inusitado encontro com Diana, também conhecida como Margarida. É paixão à primeira vista.
Tudo seguia bem para um próximo encontro, até a interferência de Tião, Sebastião Cavalcanti, filho de políticos influentes, que manda e desmanda nas areias de Boa Viagem e é obcecado por Margarida. Junto de seus capangas, tentam enganar Tom, fingindo-se de noivo de Diana. Frustrado, Tom decide partir para o Rio de Janeiro e ir em busca de realizar seu desejo: o de tocar no concurso da rádio transmitido para todo o país direto do Teatro Thereza Raquel. Diana, a Margarida, não se conforma com o sumiço de Tom e tenta reencontrá-lo. Tião entra em cena novamente e fará de tudo para impedir um novo encontro entre os dois. Entre amores, sonhos, conflitos e amizades, costuradas por músicas inesquecíveis da MPB, a busca de um encontro irá acontecer.
Sobre a direção artística
Essência do carnaval, da cultura do Recife e Olinda.
Sob a direção de Jarbas Homem de Mello e Túlio Rivadávia, o musical Um Grande Encontro mergulha nas raízes culturais do repertório das canções e busca no carnaval, do maracatu e da cultura nordestina, os elementos estéticos para ambientar a narrativa. Desde o início, Jarbas Homem de Mello conta que considerou essencial captar a essência das ruas de Boa Viagem, Olinda e do Rio de Janeiro, lugares onde a narrativa se desdobraria, principalmente pelo sotaque característico da região. Assim, a decisão de priorizar atores nordestinos foi fundamental, resultando em um elenco composto em sua maioria por talentos vindos de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia, que trazem consigo não apenas a sonoridade única, mas também a autenticidade cultural tão intrínseca à região. Inspirado nos ritmos e tradições carnavalescas, o musical adota uma abordagem de ensemble, onde todos os membros do elenco têm participação ativa, evocando os coros do teatro grego. Os narradores, representados por três fofoqueiros, acrescentam profundidade à trama, conectando-a ao folclore do Nordeste.
“Ao mergulhar na jornada do herói em busca de seus sonhos após uma decepção amorosa, o musical oferece uma narrativa familiar, porém revitalizada por uma nova estética e abordagem”, explica Jarbas.
Sobre a direção musical – Sonoridade adaptada à dramaturgia
Daniel Rocha não está apenas dirigindo um elenco; ele está liderando uma orquestra de talentos no palco. Nas audições, Rocha e sua equipe buscaram não apenas atores, mas músicos versáteis capazes de tocar diversos instrumentos. O resultado? “Uma coleção impressionante de talentos que não só cantam, mas também tocam desde rabeca e flauta até saxofone e violão”, observa Rocha. Essa diversidade instrumental permitiu adaptar a sonoridade do espetáculo à dramaturgia, criando uma paisagem sonora envolvente e expressiva que molda a instrumentação de cada cena para complementar as emoções e os momentos do enredo. Com 35 temas, a montagem navega pela discografia de O Grande Encontro, transformando cada música em um elemento essencial da narrativa. A direção musical respeita a sonoridade da época, adicionando nuances contemporâneas para manter o espetáculo vibrante. A ideia é que o público se emocione e cante junto canções como Anunciação (Alceu Valença), Bicho de Sete Cabeças (Renato Rocha), Dona da Minha Cabeça (Fausto Nilo/Geraldo Azevedo), Frevo Mulher (Zé Ramalho), Veja - Margarida (Vital Farias), Banho de Cheiro (Carlos Fernando), além de canções de Dominguinhos, entre outras.
Sobre a coreografia – Corpo como instrumento
Com uma trilha sonora icônica como ponto de partida, Sabrina Mirabelli mergulhou em um processo coletivo para descobrir a linguagem corporal que deu vida à narrativa do espetáculo. Ela enfatiza que o corpo é um instrumento tão poderoso quanto a voz na expressão artística, guiando o elenco na descoberta de sua própria identidade corporal. Focando menos na técnica formal e mais na capacidade de comunicar e emocionar, Mirabelli busca integrar ritmos nordestinos à coreografia, mesclando movimentos contemporâneos sem perder a essência e a pulsação característica do estilo. “Nem todos no elenco têm a base da dança. Para quem tem já é meio caminho andado no sentido da técnica, de usar a favor, uma ferramenta para auxiliar naquilo que tem que ser feito, mas quem não tem também não necessariamente precisa disso. Inclusive, às vezes, é até bom a gente partir desse corpo que não tem essa técnica”, afirma.
Sobre a cenografia – Inspiração nas cores das festas populares
O desafio de Carmem Guerra foi criar um cenário que pudesse abranger os vários ambientes da narrativa, sem perder a autenticidade de cada ambiente. Para isso, ela mergulhou em pesquisas sobre as festas populares do Nordeste, especialmente em Pernambuco, buscando inspiração nas cores, texturas e elementos icônicos do Galo da Madrugada e do Carnaval de Olinda. O céu de fitas de cetim, uma homenagem aos figurinos festivos, paira sobre o palco, enchendo o ambiente com uma sensação de celebração e movimento. As ladeiras de Olinda são representadas por uma rampa sinuosa, adornada com janelas que ecoam a arquitetura histórica da cidade. O resultado é um mosaico de imagens e cores que pretende transportar o público para os vibrantes cenários de Recife, Olinda e Rio de Janeiro, onde cada detalhe contribui para a atmosfera única do espetáculo.
Sobre o figurino – Fusão entre o realismo e o fantástico
Explorando uma fusão entre o realismo e o fantástico, Bruno Oliveira realizou uma meticulosa pesquisa de materiais e texturas para dar vida aos personagens. Cada peça é elaborada mesclando referências artesanais com uma rica paleta de cores e padrões inspirada nos tons do casario de Olinda, que ecoam tanto o imaginário folclórico quanto elementos da época em que se passa a narrativa. “Repletos de elementos naturais como cabaças, cordas e fitas características de festas nordestinas, além de vestir, os trajes evocam uma sensação de lugar, colaborando para que o público identifique onde ase cenas se passam” , detalha Bruno Oliveira.
Sobre o visagismo – Brilho e cores do Carnaval
“O visagismo do espetáculo aposta no lúdico. A ideia é que os personagens transmitam o brilho e as cores do Carnaval de Olinda e do Rio de Janeiro”, conta o criativo Dicko Lorenzo.
Sobre o texto – Narrativa em tom novelesco para uma história original.
Evitando o caminho dos musicais biográficos, Túlio Rivadávia optou por uma narrativa novelesca, uma história original que fosse costurada por todos aqueles sucessos, buscando inspiração nos elementos das canções para desenvolver personagens e ganchos dramatúrgicos. Pesquisou também fatos e locais que permeavam a vida dos artistas de O Grande Encontro, como Olinda, a praia de Copacabana e o Teatro Thereza Raquel no Rio de Janeiro, onde iniciaram suas carreiras, adicionando nuances de realismo a uma trama fictícia, porém enraizada na cultura brasileira. “Temos homenagens a eles em um dos núcleos do espetáculo, trazendo traços da personalidade de cada um, mas tudo é uma grande ficção sem compromisso com fatos reais. Nosso personagem principal vive a jornada do herói, emigrando de Olinda para o Rio de Janeiro em busca do sonho de viver de música. É uma história de amor e provações costurada por grandes sucessos da música popular brasileira”, informa Túlio.
Produção e idealização - Ligação desde O Musical Mamonas
Unidos pela paixão pelo teatro, Rose Dalney, Marcio Sam e Túlio Rivadávia formam um trio dinâmico que há mais de uma década realiza produções inovadoras. Com ligação profunda e uma forte amizade que precede suas carreiras, a parceria entre eles se consolidou a partir da produção de O Musical Mamonas, e desde então, eles têm sido um trio imbatível, criando produções como Em Busca do Balão Mágico, A Dona da História e Ninguém Dirá que é Tarde Demais. Marcio Sam, pernambucano e apaixonado pelo O Grande Encontro, foi o catalisador da ideia. Com o entusiasmo e apoio dos dois sócios, a concepção do musical começou a ganhar forma. Rose está à frente da direção de produção, Marcio além de assinar a idealização e produção, integra o elenco e Túlio escreveu o texto, além de codirigir a montagem.
Para dirigir o espetáculo ao lado de Rivadávia, foi convidado Jarbas Homem de Mello, com quem os três produtores trabalharam no Em Busca do Balão Mágico. “Jarbas não apenas dirige, mas também é um parceiro criativo que contribui com ideias valiosas e um olhar generoso para o projeto”, conta Márcio. O elenco, formado por 70% de atores nordestinos, foi selecionado por meio de audições realizadas em março. “Para nós sempre foi clara a importância de ter uma maioria de atores de origem nordestina, o que conferiu uma autenticidade ainda maior à montagem. Muitos deles não moravam em São Paulo e vieram para cá para trabalhar, para correr atrás de seus sonhos. Há uma grande identidade entre a história contada no palco e as histórias pessoais de cada integrante do elenco”, observa Rose.
Sobre o MARTE HALL
Fácil acesso e serviços são o diferencial
Localizado na Vila Mariana, na Rua Domingos de Morais 348, bem próximo ao metrô Ana Rosa, o antigo Comedy Sampa, após uma grande modernização, foi rebatizado para Marte Hall. Com fácil acesso a casa recebe espetáculos de teatro, stand-up e música. A platéia é dividida entre mesas e poltronas. A casa oferece serviço de bar e alimentação, para receber o espetáculo Um Grande Encontro e oferecer uma experiência completa ao público, a casa desenvolverá um cardápio diferenciado com drinks e petiscos típicos do nordeste brasileiro. Além de fácil acesso pelo metrô Ana Rosa, a casa conta estacionamento parceiro.
FICHA TÉCNICA
Texto: Túlio Rivadávia.
Direção Artística: Jarbas Homem de Mello e Túlio Rivadávia.
Direção Musical: Daniel Rocha.
Idealização: Rose Dalney, Túlio Rivadávia e Marcio Sam
Coreografia: Sabrina Mirabelli.
Cenografia: Carmen Guerra.
Figurinos Bruno Oliveira.
Iluminação: Wagner Freire.
Visagismo: Dicko Lorenzo.
Designer de Som: Tocko Michelazzo.
Elenco/Personagem
Victor Medeiros - Tom
Marina Braga - Diana
Osmar Silveira - Tião
Márcio Sam - Lito
Maria Clara Aquino - Mara
Larissa Carneiro - Dona Anunciação
Gabriel Vicente - Apresentador / Líder da Caravana
Nestor Fonseca - Cicinho
Paulinho Ramos - Nico
Rodrigo Sestrem - Matias
Mikael Marmorato - Valencia
Clayson Charles - Fofoqueiro
Roma Oliveira - Zé Raimundo
Vinícius Loyola - Geraldinho
Júlia Perré - Elma
Walerie Gondim - Fofoqueira
Sémada Rodrigues - Fofoqueira
Consultoria em danças regionais: Sémada Rodrigue
Produtora de Elenco: Giselle Lima
Assistentes de produção de elenco: Fabi Tolentino e Lurryan Nascimento
Músicos regentes e Pianistas: Andrei Presser // Renan Achar
Percussionista: Daniel Alfaro
Produção Executiva: Clayton Epfani
Produção: Rose Dalney e Márcio Sam
Assessoria de Imprensa: Arteplural
APRESENTADO PELO Ministério da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da
Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas Patrocínio: UOL
Copatronínio: Movida, Grupo Vamos
Apoios: Apsen, Hortifruti, Tubos Ipiranga
Realização - Rivadavia Comunicação
Produção - Miniatura 9 e Religar
SERVIÇO:
UM GRANDE ENCONTRO – O MUSICAL
MARTE HALL São Paulo
R. Domingos de Morais, 348 - Vila Mariana, São Paulo
Estreia – 21 de junho, sexta-feira, 21h
Temporada: até 1º de setembro.
Sexta às 21h00. Sábado e Domingo, 15h30 e 19h.
INGRESSOS de R$35,00 a R$ 160,00
Sexta às 21h00. Sábado e Domingo, 15h30 e 19h.
Venda de ingressos no link:
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